03/11/2010

SAUDADE - CARLOS VIEIRA (4º)

 
 
Saudades vão, saudades voltam,
Como ondas de espuma que contra a costa se revoltam,
E recolhem para o mar,
Para outrora voltar,

São como o predador,
Que sai à rua para caçar,
Que corre atrás da presa
Ele a correr tropeça,
E quando ela lhe foge,
Volta sempre a atacar.

Saudades são como o rio,
Que a rocha quer desgastar,
Tanto insiste, tanto insiste,
Que acaba por furar.

Saudade de ti, estrela,
Que brilhas no céu da minha mente,
Saudade de ti, cor da minha aguarela,
Lágrima que me escorre pela cara lentamente.

Saudade de ti, predadora,
Que atrás da presa corre
Saudade de ti, ó rio
Que pelas veias me escorre.

E saudade predadora,
Para me caçar voltou,
E saudade, rio que a desgastar demora,
O meu coração furou.



Carlos Vieira

2 comentários:

  1. - olá eu sei que não nos conhecemos,
    Mas adorei este poema e nao resisti em ter comentado ;)
    também escrevo alguns, mas nao costumo divulgar... acho que deveria também começar a divulgar

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  2. Olá João,
    Obrigada por teres comentado, fica à vontade para comentares o que quiseres :)
    Quanto a divulgares, é sempre bom darmos ao mundo aquilo que temos, afinal ele dá-nos tanto...
    Força nisso, espero que continues a acompanhar-me e se divulgares apita aí que terei todo o gosto em acompanhar-te :)
    Um beijo.

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